O Brasil viu, nas últimas semanas, boa parte da sua população aderir ao home office como modalidade de trabalho. Antes de tudo isso, a entrada expressiva dos millennials no mercado já era assunto entre as empresas e profissionais de seleção e recrutamento. Mas, como esses dois fatos estão ligados?
Primeiro precisamos conceituar os millennials em seu ambiente de trabalho. Quem nos ajuda a fazer essa análise é o professor Armando Lourenzo Moreira Júnior, do curso de Gestão e Sucessão em Empresas Familiares da Plataforma Solution.
“Essa geração que vem tomando conta do mercado de trabalho tem desafiado muito as organizações, pois esperam uma estrutura corporativa mais horizontal e flat. Isto é, com menos níveis hierárquicos”, explica.
A justificativa para isso é que essas pessoas, nascidas entre 1980 e 1995, formam um núcleo mais flexível e menos engessado aos antigos padrões estruturais das companhias, que foram estabelecidos no século passado e que continuam em vigor ainda hoje em algumas empresas.
Quem são os millennials?
Agora que você já sabe a média de idade dos millennials, que tal procurar entender o perfil dessas pessoas e que tipo de profissionais temos, hoje, no mercado? Com base nessa aula, podemos dizer que essa geração vivenciou períodos de grande transformação política e econômica no Brasil.
Assim, são mais questionadores que as gerações anteriores e permissivos, buscando a criação de ambientes inclusivos e sustentáveis, com feedbacks contínuos, participações nas decisões e informalidade nas relações.
“As gerações mais jovens conseguem ter uma relação mais próxima com a liderança participativa, enquanto as gerações anteriores centralizavam – e ainda centralizam – as decisões nos gestores. Essa seja, talvez, a maior lição a ser aprendida com os millennials em posições de líderes”, comenta o professor.
Tá, mas e o home office?
Com essas características de trabalho, os millennials lidam com as hierarquias empresariais de forma mais descentralizada e colaborativa, um bom indício para realização do home office.
Eles têm mais autonomia e confiança em si mesmos e nos outros, por isso conseguem proporcionar esses mesmos sentimentos à equipe.
Também é importante lembrar que os millennials foram as últimas pessoas que conheceram o mundo antes da internet e as primeiras a fazer parte de um mundo globalizado e com menos fronteiras.
“A tecnologia é parte do dia a dia das novas gerações, sem que isso demande um grande esforço de aprendizagem, atualização ou até de tempo”, enfatiza Júnior.
Some os fatores citados acima e temos uma geração que busca por trabalho remoto, carreira em W e qualidade de vida, para ela e para os outros do seu convívio.
Lições
Depois de todas essas informações, Júnior acredita que o principal desafio para as gerações mais antigas é a mudança de mindset. “Nessa era de transformação digital, as empresas e os profissionais que ainda estão presos em uma cultura muito analógica precisam incorporar a cultura digital no cotidiano”, destaca.
“As novas gerações já vêm com essa mentalidade, portanto já desenvolvem soluções digitais para problema do dia a dia de cada um.”
Além de abrirem as possibilidades para novos modelos de trabalho e gestão, os millennials ainda trazem, em sua maioria, importantes lições sobre lidar com a diversidade, pois cresceram em um universo mais plural, e respeitar as diferenças entre as pessoas.
“O pensamento atual que diz que devemos tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratados passa para tratar as pessoas como elas desejam ser tratadas”, conclui o professor. E ter flexibilidade para compreender as particularidades de cada um é um grande diferencial, seja para millennials ou profissionais de outras gerações.
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