Praticamente todos os segmentos da sociedade estão passando por mudanças e tudo que envolve dinheiro acaba atraindo os olhares mais atentos, tanto da população quanto das empresas. Por isso a transformação digital financeira é um dos grandes destaques de 2020, especialmente quando ligadas às gigantes de tecnologia.
Parece que uma coisa tem pouco a ver com a outra, mas se você observar a movimentação do mercado vai encontrar nomes como Google, Apple, Facebook e Uber em um processo muito interessante de adaptação às novidades da era da transformação digital financeira.
Isso porque essas empresas estão se tornando bancos ou atuando diretamente com serviços financeiros. As finanças estão sendo reinventadas.
As últimas novidades
Notícias recentes apontam que, ainda em 2020, o Google oferecerá serviço de conta corrente aos usuários, por meio de uma parceria. Já o Apple Card, um cartão de crédito da companhia com a bandeira Mastercard, está disponível desde o ano passado para quem tem iPhone.
O Facebook investiu na sua própria cripto moeda, a Libra, que deve estar disponível em breve, além do Facebook Pay, um sistema unificado de pagamento para as plataformas da rede social.
Enquanto isso, a Uber Money é a carteira digital da Uber para motoristas e entregadores do aplicativo, também lançada em 2019.
Vantagens
Mas, afinal, quais as vantagens dessas empresas participarem tão ativamente da transformação digital financeira? A primeira delas é a quantidade de usuários registrados nas plataformas.
São milhões de assinantes, espalhados por todo o mundo. Muito diferente de um banco convencional ou até mesmo das novas fintechs e bancos digitais, que surgiram apenas nos últimos anos, essas gigantes da tecnologia já abraçam o mercado há muito tempo.
Além disso, os aplicativos de bancos estão longe de serem os mais populares nas lojinhas de apps dos smartphones. Plataformas como Facebook, por exemplo, detêm cada vez mais, e por mais tempo, a atenção e os dados dos usuários.
Então, é possível entender por que essas companhias estão tão interessadas na transformação digital financeira. Os serviços financeiros seriam uma forma de manter os usuários ainda mais tempo nas plataformas, aumentando a aderência e, consequentemente, a monetização com publicidade e e-commerce.
Responsabilidade de dados
As empresas de tecnologia ainda saem na frente das instituições tradicionais na questão de cruzamento de dados. Elas têm a possibilidade e a facilidade de conhecer o usuário e oferecer produtos financeiros com base no real comportamento de consumo.
O uso de inteligência artificial potencializa ainda mais a assertividade de oportunidades. O Google, contudo, afirma não utilizar dados do Google Play para gerar publicidade nem compartilhar essas informações com anunciantes.
A principal dificuldade é como regulamentar esse setor e essas novas práticas, inclusive a respeito da concorrência. Já existe, nos EUA, sede das principais empresas de tecnologia, certa movimentação dos órgãos regulamentadores com o objetivo de adaptar leis à transformação digital financeira e às novidades que vêm com ela.
E nem tudo são flores. A Apple já teve algumas desavenças com o Goldman Sachs Group, banco parceiro na criação do Apple Card, além de acusações de sexismo. Já o Facebook perdeu aliados no projeto da Libra após uma reação regulatória adversa.
O que esperar dos próximos passos da transformação digital financeira? Compartilhe suas expectativas com a gente!
Falando em finanças, que tal melhorar sua organização financeira?